segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Abordagens da sociologia visual: epistemologia, método e fenomenologia da imagem

Fabio La Rocca

Essa temática tem como propósito colocar em evidência a perspectiva da sociologia visual segundo um ponto de vista metodológico e epistemológico, bem como questionar a proliferação da imagem dentro abordagem fenomenológica enquanto construção do mundo social. Qual é o impacto da imagem nos estudos urbanos? De que maneira a imagem participa do conhecimento do mundo urbano e social? Seriam a fotografia e o cinema meios de empirismo visual, capazes de revelar características dos espaços e dos lugares? Elabora-se assim a proposta de um pensamento com os olhos que foca sobre as implicações da imagem como dados científicos e instrumentais de pesquisa, através da valorização de um conhecimento que se funda sobre o ver e o olhar.

Ambiências sensíveis: a cidade a partir dos sentidos e do condicionamento do caminhar

Fabio La Rocca

Com vista no imaginário urbano, desenhado por nossos percursos cotidianos, e na criação de ambiências, nossas maneiras de viver e sentir a cidade se estruturam a partir de ricas a variadas formas de existências, associadas à experiência sensível da cidade. Nossa relação com o espaço reside numa dimensão estético-sensível que afeta o vivido e as maneiras de sentir e perceber a paisagem urbana, que se delineia a partir da elaboração de situações e do prazer estético. Folhear a cidade e seus espaços representa uma foram de captar e fazer emergir uma multiplicidade de cenas que caracterizam a experiência urbana cotidiana, partindo da fenomenologia do caminhar como ato prático. A estética do caminhar redesenha uma cartografia experiencial, conota um aspecto sensível e poético que produz ambiências e caracterizam nosso imaginário metropolitano. Partindo da sensibilidade teórica de Pierre Sansot, Michel de Certeau, Jean-François Augoyard, David Le Breton, do flâneur e dos situacionistas, nós apresentamos a atividade cotidiana do caminhar como forma de se conhecer dos espaços e uma maneira de estar no mundo.

O cotidiano tecnológico: interfaces e experiências da tecno-metrópole

Fabio La Rocca

Como imaginar a relação com a urbanidade na era da tecnologização do espaço? Hoje, com a presença massiva das tecnologias portáteis que condicionam os modos de vida do cotidiano, o espaço urbano encontra-se "aumentado", numa relação híbrida que se estabelece no vai-e-vem entre a espacialidade urbana e a espacialidade digital. Nessa atmosfera existencial, homem e espaço encontram-se redefinidos por uma interconexão espaço-temporal que geram outras maneiras de habitar o mundo. Uma nova natureza urbana se configura nesse cenário ubiquitário, no qual se redesenham a experiência e a maneira de viver os lugares, segundo uma superposição de espaços.

Técnicas de visualização interativa de dados para análise de dados urbanos

Nivan Roberto Ferreira Júnior

A explosão do volume de dados sobre ambientes urbanos deu origem à novas oportunidades para melhor dar suporte à administração e criação de novas políticas, e, assim, ajudar os governos a superar os desafios constantes de melhorar/aumentar a qualidade dos serviços públicos e promover o desenvolvimento sustentável nas cidades. Tirando proveito do poder das tecnologias de computação gráfica modernas e do poder do sistema visual humano, as técnicas de visualização interativa são reconhecidas como ferramentas poderosas no processo de análise de dados. Nesta palestra , iremos descrever técnicas de visualização de dados recentes projetadas para permitir que analistas explorem de forma interativa grandes conjuntos de dados urbanos. Essas técnicas incluem aspectos visuais e algorítmicos e têm sido aplicadas para ajudar especialistas das áreas de planejamento urbano, engenharia de transportes , e arquitetura.

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